Soluções Pré-Analíticas
Preparação da Seringa de Gasometria


A coleta de amostras para gasometria arterial é um processo delicado que exige não só precisão técnica, mas também equipamentos apropriados. No mercado, existem duas opções principais para este procedimento: as seringas preparadas manualmente, muitas vezes referidas como “preparação caseira”, e as seringas de gasometria pré-preparadas comercialmente. Ambas têm o mesmo objetivo final – coletar sangue arterial para análise dos gases sanguíneos –, mas possuem diferenças significativas em termos de conveniência, precisão e risco de contaminação.
A preparação manual de seringas envolve um processo no qual os profissionais de saúde aspiram eletrólitos balanceados, geralmente heparina sódica, para evitar a coagulação do sangue. Embora esse método permita certa flexibilidade e seja economicamente viável, ele tem várias desvantagens. A precisão da dose de heparina pode variar, o que pode levar a proporção incorreta de aditivo x sangue, gerando consequências como microcoágulos e resultados imprecisos. Além disso, o risco de contaminação é maior, e o processo de preparação pode ser mais demorado, o que não é ideal em situações de emergência.
As seringas pré-preparadas são projetadas para superar as limitações das seringas preparadas manualmente. Elas vêm estéreis, com a quantidade exata de anticoagulante, geralmente heparina de lítio, já dentro da seringa, garantindo que cada amostra tenha a anticoagulação adequada sem o risco de variação da proporção de aditivo x sangue. Este método reduz significativamente o risco de contaminação e economiza tempo valioso, especialmente em ambientes críticos de saúde onde cada segundo conta.
A escolha entre seringas de gasometria preparadas manualmente e pré-preparadas depende de diversos fatores, incluindo a urgência do teste, os recursos do laboratório e as políticas de saúde do local. Enquanto as seringas pré-preparadas oferecem conveniência e consistência, as preparadas manualmente podem ser uma opção em ambientes com menos restrições de tempo e onde o custo é um fator crítico. A prioridade deve ser sempre a precisão dos resultados e a segurança do paciente, guiando a decisão para a melhor prática em cada situação clínica.