Soluções Pré-Analíticas
Acesso Venoso
Difícil


O acesso venoso é uma parte fundamental da medicina moderna, permitindo a administração de medicamentos, fluidos e a realização de exames de sangue. No entanto, para alguns grupos de pacientes, como idosos, crianças, pacientes queimados, oncológicos e neonatos, o acesso venoso pode ser notoriamente desafiador, condição conhecida como Acesso Venoso Difícil (DVA). Esses pacientes possuem particularidades que exigem habilidade e técnicas especializadas para estabelecer um acesso venoso eficaz e seguro.
Os pacientes idosos frequentemente apresentam veias frágeis e menos elásticas, além de uma camada de pele mais fina, o que pode complicar as tentativas de canulação. As condições crônicas, como diabetes e doenças vasculares, também podem afetar a integridade das veias.
Em crianças, especialmente as muito jovens, as veias são menores e mais difíceis de localizar. Além disso, o medo e a falta de cooperação durante os procedimentos podem aumentar a dificuldade do acesso venoso.
Pacientes oncológicos, muitas vezes submetidos a múltiplas terapias intravenosas, podem ter suas veias comprometidas. A quimioterapia, por exemplo, pode tornar as veias mais frágeis e suscetíveis a danos.
Pacientes queimados podem ter danos significativos na pele e tecido subcutâneo, tornando as veias inacessíveis para o acesso venoso tradicional. Além disso, a necessidade de múltiplas intervenções ao longo do tratamento pode esgotar os sítios de acesso disponíveis.
Para lidar com o DVA, as equipes de saúde utilizam estratégias como a utilização de tecnologia de imagem, como ultrassom e dispositivos de visualização de veias, além de técnicas especializadas de canulação. A escolha do calibre adequado do cateter e o posicionamento cuidadoso do paciente são outros aspectos fundamentais para o sucesso do acesso venoso nestes grupos.
O acesso venoso difícil em pacientes de grupos de risco exige uma abordagem meticulosa e paciente-centrada. Profissionais de saúde devem estar equipados com o conhecimento e as ferramentas necessárias para superar esses desafios, garantindo a administração segura de tratamentos e a coleta eficiente de amostras para exames. A habilidade em estabelecer um acesso venoso em condições difíceis é, portanto, uma competência valiosa dentro das práticas clínicas contemporâneas.
A coleta de sangue, apesar de ser um procedimento de rotina, pode ser uma fonte significativa de dor, estresse e ansiedade para muitos pacientes. Essas sensações desagradáveis são uma realidade, mesmo para pacientes saudáveis, ativos e bem hidratados, que em algum momento podem enfrentar dificuldades durante a coleta de sangue. Estudos revelam que a experiência do paciente durante o procedimento tem um impacto profundo na sua percepção de cuidado, com relatos indicando que 8 em cada 10 pacientes consideram uma boa experiência e um atendimento cuidadoso como fatores determinantes para sua satisfação com o serviço de saúde. Portanto, é essencial que profissionais de saúde não apenas realizem a coleta de sangue com competência técnica, mas também com uma abordagem empática e tranquilizadora, minimizando o desconforto e promovendo uma experiência positiva para o paciente.